O laser é um equipamento de radiação eletromagnética não ionizante e monocromática que concentra alta densidade de energia em pequenos pontos. Essas propriedades favorecem o aumento da microcirculação local, da circulação linfática, a proliferação de células epiteliais e fibroblastos, assim como aumento da síntese de colágeno (Drummond, 2007).
Existem diversos tipos de laser com características e propriedades próprias dependentes de seu meio ativo e do tipo de excitação utilizada pelo equipamento (Drummond, 2007).
Os protocolos de utilização do laser devem sempre considerar o objetivo terapêutico. Embora haja controvérsias, em relação à dose, quando o objetivo é o efeito trófico sobre as estrias a dose mais habitualmente empregada se situa entre 06 e 15 J/cm2, levando-se em conta que quando se busca um efeito trófico se empregam doses altas, e o efeito anti-inflamatório se obtém com dose mais baixas. O número de pontos a serem irradiados depende do tamanho da área a ser tratada. (Guirro e Guirro, 2004).
O paciente deve ser avisado previamente em relação a possibilidade de sentir dor durante a aplicação do laser, pois a sensibilidade individual é muito variável e há diferença em relação às áreas tratadas no mesmo paciente. Isso se deve ao número e qualidade das terminações nervosas nos diferentes locais anatômicos.
Normalmente o tratamento é bem tolerado, porém, em indivíduos sensíveis, recomenda-se o uso de anestesia tópica em creme com oclusão, 30 a 60 minutos antes do procedimento (lidocaína 5%) para redução do incômodo. Essa precaução torna-se ainda mais importante em pacientes com fototipos III, IV, e V, nos quais a intensidade da aplicação do laser tende a ser maior (Borges, 2006).
Os tipos de laser visíveis podem ser aplicados de duas formas: aplicação por pontos (irradiação de um determinado ponto sobre o corpo do paciente. Normalmente são necessários vários pontos para que toda área a ser tratada seja irradiada, com cerca de um cm de distância um do outro) ou por varredura (aplicação onde se movimenta, como um pincel, a caneta aplicadora, fazendo com que o ponto iluminado “varra” toda uma região) (Borges, 2006).
No uso do laser visível, sempre que possível, a sonda de tratamento deve ser aplicada com uma firme pressão na área do tecido a ser tratado (contato direto), isso torna a aplicação mais segura, pois reduz a possibilidade de visualização acidental. Além disso, dessa forma, há a maximização da irradiância ou da densidade de potência no interior do tecido-alvo, assegurando um aumento na eficácia do tratamento (Borges, 2006). (portaleducacao.com.br)