Assim como em adultos, o consumo de grandes porções de alimentos por crianças também acarreta em maior ingestão de energia.

Estudos transversais realizados com escolares que avaliaram a relação entre tamanho da porção, ingestão energética e peso corporal, demonstraram que o tamanho das porções foi responsável por 17 a 19% da variação na ingestão de energia, enquanto o peso corporal foi capaz de predizer apenas 4%. 

O peso corporal relaciona-se positivamente com a ingestão de energia e com o tamanho da porção, mas não com o número de alimentos consumidos ou com o número de refeições realizadas.

Mais estudos com crianças ainda precisam ser realizados para esclarecer como grandes porções em uma única refeição afetam a ingestão total de energia em um período maior do que 24 horas. Ainda não há estudos longitudinais com crianças apontando uma associação entre maiores tamanhos de porções e IMC ( Índice de Massa Corporal). 

Os dados existentes até o momento sugerem, entretanto, que reduzir o tamanho das porções pode ser uma estratégia válida para diminuir a ingestão de energia, especialmente para alimentos de alta densidade energética.

Contudo, na prática clínica observa-se a dificuldade dos nutricionistas em determinar tamanhos de porções apropriados para crianças de diferentes idades, assim como em avaliar se o tamanho de porções consumidas por crianças está adequado ou não. (portaleducacao.com.br)