A prescrição energética baseia-se nas calorias requeridas para alcançar e manter o peso desejado e atender às necessidades energéticas para cada fase da vida. O planejamento do valor calórico total (VCT) dos diabéticos não difere de outros indivíduos.

A perda de peso é um importante objetivo terapêutico para os indivíduos com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), pois aumenta os receptores de insulina em número e melhora as anormalidades pós-receptoras, resultando em aumento da sensibilidade tecidual à insulina. A perda de peso também está associada à melhora da glicemia, dislipidemia e pressão sanguínea.

No entanto, tem sido a mais difícil de ser implementada com sucesso, pois a predisposição genética para a obesidade e a possível perturbação metabólica e da regulação do apetite contribuem para a dificuldade de perder peso e, ainda mais importante, a de manter esta perda.

Dessa forma, os indivíduos obesos (geralmente diabéticos tipo 2) devem ser orientados a seguir uma dieta hipocalórica, com redução de 500 a 1000 kcal diárias, com o objetivo de promover perdas ponderais de 0,5 a 1,0 kg/semana. Geralmente uma perda razoável de peso, 5 a 10 kg em grandes obesos, já se mostra efetiva no controle glicêmico, mesmo que o peso ideal não tenha sido atingido.

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recomenda que as dietas para perda de peso não apresentem um VCT inferior a 1.200 e 1.800 kcal para o sexo feminino e masculino, respectivamente. Dietas com VCT < 800 kcal/dia ocasionam a perda de peso muito rápida e provocam uma melhora imediata na glicemia em pessoas com DM2. No entanto, os indivíduos relatam grandes dificuldades em continuar seguindo essa prescrição após curto período de tempo, desistindo pouco tempo após o início da terapia, ocasionando ganho de peso rápido e nova descompensação metabólica. (portaleducacao.com.br)